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domingo, 26 de agosto de 2012

UMA DAS MINHAS POESIAS







NA HORA DA MINHA HORA

 E ao descambar do sol,
no crepúsculo da minha existência,
desejarei ardentemente descansar minha cabeça
no colo de um lago sereno,
onde ouvirei a suave sinfonia
de pássaros cor- de- mato.

Assistirei a queda lenta das folhas de uma árvore e
sorrirei para o céu.
Sentirei após, o delicado aroma das flores
e o frescor de uma leve brisa.
Fecharei meus olhos  à muito custo,
pois me será penoso jamais ver tal paisagem.
Esperarei que uma tênue nuvem desça ao meu encontro,
para levar-me aonde ela for e subirei com ela,
sem receios, mágoas ou temores.

E ao despontar do sol,
ao amanhecer de uma nova vida,
em meio a uma mistura de emoções, abrirei meus olhos.
Uma Luz infinita penetrará em mim.
Eu olharei em volta e notarei um corpo inerte,
um corpo familiar.

O meu corpo.
E sentirei uma angústia oca.
Tentarei chorar mas não terei lágrimas.
Não haverá lugar para lágrimas nesta outra dimensão.


 Autoria de Maritza Pecce
Poesia publicada em 31/08/2001 e  03/10/2001 nos Jornais Locais de Pelotas-RS. (Diário da Manhã e Diário Popular) respectivamente


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