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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

...POESIA



QUE PENA
Que pena que a gente cresce e que envelhece.
Que pena não poder ser sempre criança,
Com trança, com boneca, com sorvete,
Com sapata e amarelinha, e até roda cachinha.
Sorrir de noite e de dia, lambuzar com melancia,
Correr na barra manteiga, pedir pra mãe pão com mel.
Ser feliz como o carioca da gema,
Cantar de coco vai melão.


Que pena que a gente cresce, que pensa que já conhece.
Que sabe o que é a verdade. Mente, e diz ter sinceridade.
Que em si existe bondade, amabilidade e.
Até garante haver lealdade em cada palavra que diz.
Infeliz...








Que pena que a gente cresce e se orgulha do tudo,
Ou do nada que aprendeu
E pensa que o mundo é seu
Tudo se torna número. Tudo muito racional.
-Ser sensível é ser banal.
E para que falar nas flores, nos perfumes e nas cores.
- Ser adulto é ser real.






Que pena que a gente cresce, que se esquece de sonhar.
Que não lembra de lembrar que o que importa realmente,
É ser gente e
Que o essencial é invisível ao olhar.
Quem cresce perde a ilusão, fica adulto e não percebe.
Que só se vê bem é com o coração.

  Autoria de Maritza Pecce
  Poesia Publicada no Jornal Diário Popular em  12.08.2001 
e no Diário da Manhã  em 03.12.2001/ Pelotas-RS

                                                                                        ...

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